A abrangência da Intervenção Psicopedagógica

 

 

 

A Intervenção Psicopedagógica incide no processo de ensino-aprendizagem com o objetivo de prevenir, acompanhar, minimizar e/ou colmatar dificuldades que interferem de forma negativa no rendimento do aluno. Pode por isso iniciar-se logo nos primeiros anos e acompanhar as crianças ao longo do seu percurso escolar, do 1º ao 12º ano, ou mesmo posteriormente, em casos especiais que assim o exijam.

A intervenção neste âmbito destina-se a dificuldades transitórias (e.g. decorrentes de problemas emocionais, decorrentes da integração num novo método de ensino), ou dificuldades permanentes, como a Dislexia. Desta forma, não se aplica somente a crianças com um diagnóstico de Perturbação de Aprendizagem Específica (Dislexia, Disortografia, Discalculia, Disgrafia), de Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção, ou outra perturbação do desenvolvimento, nem apenas a crianças abrangidas pelo Decreto-Lei nº3/2008. Esta metodologia destina-se também a crianças que necessitem da consolidação de alguns conhecimentos de base, ou de estratégias de ensino diferenciadas e específicas, por forma a alcançarem um maior sucesso escolar.

A intervenção poderá ter o seu foco em dificuldades específicas relacionadas com a leitura, escrita e matemática, mas também em dificuldades relacionadas com métodos de estudo ineficazes, capacidade de atenção e concentração, ritmo de trabalho, desinteresse por atividades relacionadas com a leitura, escrita e/ou matemática.

Na intervenção na leitura, escrita e matemática, o foco reside em áreas como a velocidade, compreensão e precisão leitora, a ortografia, a grafomotricidade, a semântica, o conceito de número, o tratamento de dados, a geometria, as unidades de medida, assim como na aquisição de estratégias para colmatar essas dificuldades.

Em relação aos métodos de estudo, capacidade de atenção e concentração, e motivação para as atividades académicas, a Intervenção Psicopedagógica tem como finalidade auxiliar as crianças na gestão do tempo de estudo (e.g. duração, local), nas estratégias para a aprendizagem (e.g. apontamentos, resumos, esquemas), na preparação para os testes, na aquisição de boas práticas para reforço da atenção e concentração (e.g. boa alimentação, postura na sala de aula, gestão de pausas durante o estudo/aulas), entre outros.

Assim, as atividades realizadas não incluem apenas fichas, ditados, composições, problemas matemáticos, mas sim atividades diversificadas com recurso a diferentes materiais, privilegiando uma aprendizagem dinâmica, lúdica e apelativa, tendo em conta as caraterísticas individuais de cada criança.

Para mais informações sobre esta forma de intervenção e as suas aplicações contacte-nos!

Teresa Baião
Técnica Superior de Reabilitação Psicomotora
Associação Crescer com Sentido